A PolĂcia Federal (PF) deflagrou uma operação para investigar um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com suspeitas de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A ação resultou no afastamento do presidente do INSS e de outros cinco servidores, incluindo o diretor de BenefĂcios e o procurador-geral.
As investigações apontam para a atuação de entidades associativas que cobravam mensalidades sem a devida autorização dos beneficiĂĄrios. HĂĄ indĂcios de facilitação interna para a realização dessas cobranças irregulares, levantando suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e falsificação.
O ministro da PrevidĂȘncia, Carlos Lupi, reconheceu falhas do governo na fiscalização dos acordos firmados entre o INSS e as entidades associativas.
"O governo falhou ao não verificar se as entidades cumpriam os requisitos para firmar o acordo com o INSS." admitiu Carlos Lupi.
Lupi também prometeu rigor na apuração dos fatos e punição exemplar para os envolvidos.
"Quero punir exemplarmente qualquer cidadão ou cidadã que tenha cometido erros, malfeitos, crimes." disse Lupi.
O ex-presidente do INSS, Stefanutto, é servidor de carreira desde 2000 e, antes de ser nomeado, era filiado ao PSB. Recentemente, filiou-se ao PDT, partido presidido por Carlos Lupi.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, negou qualquer participação do partido na indicação de Stefanutto, afirmando que a nomeação foi uma decisão exclusiva do ministro da PrevidĂȘncia.
"Embora ele seja do PSB, foi escolhido pelo ministro Lupi sem qualquer indicação do PSB. O partido não foi consultado sobre essa indicação" disse Siqueira.
A operação da PF e o afastamento dos servidores do alto escalão do INSS geraram forte impacto polĂtico e colocam pressão sobre a gestão da PrevidĂȘncia, gerando mais desconfiança sobre o governo Lula.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA